O Aviso
Por um instante suspenso, nada se moveu. Hana mal respirava. A sala de hospital, agora uma caixa selada de tensão, parecia encolher ao redor dela. O silêncio foi absoluto, engolindo até os sons do corredor. O urso ficou parado, mas algo mudou. Seu olhar se afiou, e sua enorme presença se carregou de uma energia estranha.
Então, o rosnado veio—baixo, gutural, ancestral. Ele vibrou pelo linóleo, passou pelos pés de Hana e foi direto para sua espinha. Não era uma ameaça qualquer. Era uma mensagem, clara e silenciosa. O urso não era só um mensageiro. Ele era uma força decidindo se ela merecia estar ali.