Agonia Pura
Hana se lançou para frente, esmagando o pé contra a ponta da corda, desesperada para interromper sua descida. Por um breve momento, uma fagulha de esperança surgiu—talvez ela a tivesse pegado a tempo. Mas então a corda ficou frouxa. Nenhuma resistência. Seu coração afundou como uma pedra. Peter não estava mais suspenso—ele havia caído.
O silêncio que se seguiu foi quebrado instantaneamente. Um grito rasgou o ar, bruto e rouco, ecoando pelo poço como um aviso vindo das profundezas. Hana ficou paralisada, a respiração presa, enquanto o som da agonia de Peter se aproximava dela, carregado pelo vento gelado e úmido. Todo o instinto dela gritava para se mover, para agir—mas ela não conseguia. Não ainda.