O Ponto de Virada
O rugido melancólico do urso ecoou como uma tempestade presa entre quatro paredes. Hana ficou paralisada, o som entrando fundo em seu peito. O que quer que fosse, não se tratava apenas de sobrevivência. Então, a porta se abriu com força, batendo contra a parede enquanto a polícia invadia, vozes afiadas, botas mais altas que a tensão no ar. “Fiquem calmos, todos!” gritou um policial.
Sem hesitar, Hana avançou, mãos levantadas, voz firme. “Por favor, mantenham distância,” avisou, apontando para a criatura frágil. E então, quase como resposta, o urso se virou. Caminhou até a porta aberta, parou, olhou para trás, seus olhos buscando, como se perguntando algo a ela.