Não Filhotes, Mas Parentela
—O urso… talvez ele nos tenha trazido até aqui de propósito —gritou Peter, a voz ecoando pelo poço, trêmula diante da realização. Hana se inclinou, o feixe da lanterna dele cortando a escuridão. Sombras dançavam nas paredes, distorcidas pelo movimento lá embaixo. Ela os viu de novo — aqueles olhos, aqueles corpos estranhos e trêmulos.
Não eram filhotes de urso. Isso estava claro. Mas importavam para o urso. A voz de Peter a puxou de volta: —Lembra daquele no hospital? Estava ferido. Esses podem estar presos. Caíram. Não podemos deixá-los aqui. Hana assentiu devagar, absorvendo a verdade: essa era uma missão de resgate iniciada pelo próprio urso.