Gritos do Poço
Os gritos se tornaram mais agudos a cada passo, desesperados, ecoando pelas árvores que se fechavam ao redor. Finalmente, chegaram a um velho poço de pedra, sua boca rachada pelo tempo. Os sons vinham de bem lá dentro. O urso parou ao lado dele, os olhos fixos em Hana, a encarando em silêncio, como se a chamasse.
Um calafrio subiu do buraco, trazendo o ar úmido e o medo crudo. Hana se inclinou, mas a escuridão não revelou nada—apenas os gritos, finos e urgentes. Peter tirou uma corda da mochila, laçando-a sobre o ombro. “Isso aguenta meu peso,” disse ele. “Vou descer.” Hana engoliu em seco. O que quer que estivesse abaixo, não seria fácil.